sábado, 24 de maio de 2008

Pérolas da Infância

Outro dia a minha filha veio reclamar comigo que a professora havia gritado com ela porque ela estava conversando. Até imaginei a cena: minha filha fala mais do que a boca. A professora deve ter pedido uma mil vezes para ela parar de falar e, provavelmente a conversa devia estar animada e os alunos não estavam lhe dando atenção, então ela teve que erguer o tom de voz para se fazer ouvir. Não a culpo. Não anda nada fácil ser professor, principalmente com o fato de muitos pais não lhe darem o devido apoio. Pois foi o que eu fiz: disse à minha filha que se ela estivesse quieta, não tinha ouvido reclamação. E, se não gostava de ter sua atenção chamada, que se comportasse melhor.
Passado alguns dias, uma professora que havia passado perto de nós enquanto essa conversa ocorreu, parou para me parabenizar. Disse que a maioria dos pais não quer que seus filhos sejam repreendidos e, que ao serem chamados para conversar sobre o comportamento de seus rebentos, saem da conversa como quem não ouviu nada e não tomam nenhuma providência. Falou também que minha educação era tão boa que deveria haver mais mães como eu, um mundo inteiro delas. E foi-se embora.
Então, perguntei à minha filha:
- Já imaginou um mundo cheio de mães como eu?
- Deus me livre!
- Por quê? Ia ser tão ruim assim?
- Não, não... (disfarçando) É que eu prefiro a variedade!

Um comentário:

Bárbara Stracke disse...

huahuahua

isso parece aquelas crônicas das revistas Seleções.

adoro!

vi que comentou sobre amore lupus!

Muito obrigada!!!


Meu estilo de escrita é assim. Trágico, cortante... mas tenho algumas coisas diferentes tbm.

tudo maquinando... hehehe

que bom que gostou! Fico feliz!

=***