"Antes uma triste rotina, os atentados terroristas contra as cidades israelenses tornaram-se episódios raros nos últimos anos. Nesta segunda-feira, contudo, a população de Israel voltou a ser surpreendida pelos extremistas palestinos. Depois de um ano sem qualquer ataque contra suas cidades (sem contar os foguetes disparados de Gaza), o país foi alvo de dois homens-bomba. Uma mulher morreu.
Os dois terroristas suicidas atacaram em um shopping center da cidade de Dimona, onde fica a principal planta nuclear israelense. O primeiro conseguiu detonar a bomba que escondia em suas roupas. Foi ele quem matou a mulher. O segundo homem-bomba foi mortou antes que conseguisse detonar o cinto de explosivos que carregava. Os israelenses conseguiram evitar uma tragédia ainda maior.
Esse foi apenas o terceiro ataque terrorista contra Israel entre abril de 2006 e agora. O último ataque tinha acontecido em janeiro de 2007 -- quando três pessoas morreram em uma explosão numa padaria em Eilat. A principal discussão na imprensa israelense nesta segunda era sobre a possibilidade de ajuda indireta do Egito no atentado, já que o país abriu a sua fronteira com Gaza recentemente.
A investigação israelense tentará descobrir se os homens-bomba entraram pelo Egito, confirmando os temores do governo depois da abertura da divisa. O ataque, contudo, não foi de autoria do grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, mas sim de um braço extremista da organização Fatah, que comanda a Autoridade Nacional Palestina e é reconhecida por Israel como interlocutor legítimo pela paz.
O grupo Exército da Palestina, subdivisão das Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, reivindicou a responsabilidade pela ação. O grupo disse ter enviado os dois terroristas não da Faixa de Gaza, mas sim de Ramallah, na Cisjordânia, para a realização do que chamou do "heróico martírio". Sempre em guerra com o Fatah pelo poder, o Hamas elogiou os rivais, dizendo que o ataque foi uma "reação natural".
De acordo com os especialistas, a região onde fica Dimona -- o deserto de Negev -- seria a área mais vulnerável a possíveis ataques praticados pelos terroristas palestinos que teriam passado pela fronteira aberta entre Egito e Israel. Milhares de palestinos entraram e saíram de Gaza pelo Egito depois de vários meses de isolamento. Temia-se que a passagem seria usada para preparar novos atentados."
fonte:
http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&id=136654&textCode=136654¤tDate=1202122260000
E assim os conflitos continuam. Até quando?
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