quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Dia do Idoso



O Dia Nacional do Idoso foi estabelecido em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal e serve para refletir a respeito da situação do idoso no País, seus direitos e dificuldades.



A população no mundo está ficando cada vez mais velha e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.

O Brasil, que já foi celebrado como o país dos jovens, tem hoje cerca de 13,5 milhões de idosos, que representam 8% de sua população. Em 20 anos, o País será o sexto no mundo com o maior número de pessoas idosas. O dado serve de alerta para que o governo e a sociedade se preparem para essa nova realidade não tão distante.

O avanço da medicina e a melhora na qualidade de vida são as principais razões dessa elevação da expectativa de vida em todo o mundo. Apesar disso, ainda há muita desinformação sobre as particularidades do envelhecimento e o que é pior: muito preconceito e desrespeito em relação às pessoas da terceira idade, principalmente nos países pobres ou em desenvolvimento. No Brasil, são muitos os problemas enfrentados pelos idosos em seu dia-a-dia: a perda de contato com a força de trabalho, a desvalorização de aposentadorias e pensões, a depressão, o abandono da família, a falta de projetos e de atividades de lazer, além do difícil acesso a planos de saúde são os principais.

Segundo pesquisa do IBGE, em 1999, apenas 26,9% do total de idosos no País possui algum plano de saúde, sendo que em algumas regiões como o Nordeste essa taxa ainda cai para 13%. As mulheres são ainda mais afetadas, porque vivem mais tempo e, em geral, com menos recursos e menos escolaridade.

Diante desse quadro, o governo brasileiro precisa elaborar, o mais rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa mudança da pirâmide populacional.

Um destaque no País no auxílio à terceira idade é Brasília. Foi a primeira localidade a criar uma Subsecretaria para Assuntos do Idoso, além de instituir o Estatuto do Idoso, regido por princípios que registram o direito das pessoas mais velhas a uma ocupação e trabalho, como ainda acesso à saúde, justiça, cultura e sexualidade, além de poder participar da família e da comunidade. Trata-se de um modelo que deve ser seguido em todo o País. Afinal, respeitar e ouvir o idoso é obrigação de toda a sociedade."

Fonte:

http://www.bernerartes.com.br/ideiasedicas/historia/idoso.htm




Tenho visto muitas formas diferentes de tratamento aos idosos. Vejo filhos zelosos, que cuidam de seus pais com carinho e respeito, filhos que abandonam seus pais em asilos e outras instituições semelhantes, sem sequer visitá-los, filhos que fazem de tudo para melhorar a qualidade de vida de seus pais e filhos que só sabem reclamar de seus genitores e que não vêem a hora de livrar-se deles.

Sei que grande parte do cuidado dispensado ao idoso é fruto da educação dada ao filho, pois acredito que é de pequeno que se passa a maioria dos valores que um indivíduo carrega pela sua vida. Não que filhos bem educados não possam vir a se tornarem adultos ingratos, mas a regra costuma ser: ensinar o respeito hoje, para colhê-lo amanhã.

Vejo que há pais que fazem tudo que seus filhos exigem, pois os adultos sequer ensinam seus pequenos a pedir com educação. E se hoje as crianças são criadas mimadas, achando que o mundo deve servi-los apenas, quando seus pais se tornarem idosos serão vistos como um estorvo, pois estarão na fase de precisar de cuidados ao invés de serem os cuidadores.

Acho que se a célula familiar não cumpre sua função educadora, é mais difícil passar o conteúdo através da escola ou de campanhas do governo, pois o exemplo de casa é sempre muito marcante no desenvolvimento da criança. Acredito que uma forma de minimizar o problema seria se o governo incentivasse os pais a ensinarem seus filhos, seja fazendo palestras à comunidade ou distribuindo cartilhas. Se os pais fossem conscientizados, talvez percebessem que estão semeando hoje o filho omisso de amanhã.

Não adianta só dizer que o idoso merece respeito.

É preciso mais do que isso.

É preciso amor!

Um comentário:

Consultora em Educação disse...

Como conviver com o idoso

Ivone Boechat (autora)

1- Nunca pergunte a um idoso: qual é o segredo de viver tanto assim? Porque a pessoa não vai lhe convencer ou vai dizer que não sabe a resposta. Quem vai adivinhar como se vive anos e anos, com tanta virose, corrupção, mentira, tapeação, bala perdida, exploração... ruindade!
2- Nunca telefone ou visite um idoso entre 12:00h e 16:00h. TODO idoso gosta de descansar nesse período sagrado.
3- Jamais conte um problema ao idoso. Ele vai poder ajudar? Também não seja o problema do idoso: é covardia. Ele não vai ter como se defender.
4- Nunca interfira na decisão do idoso: se ele decidiu ser enterrado ou cremado. Não fique reclamando do preço da cremação, do túmulo..Nem fique agourando e perguntando o que a família deve escrever por cima do túmulo.
5- Nunca diga ao idoso: essa história você já me contou dez vezes. Diga a ele que a história é interessante e o ajude a resumi-la. Ele vai entender que a história é conhecida!
6- Não estimule o idoso a se lembrar de um fato que lhe cause sofrimento. Desvie sempre a tristeza para o lado bom de tudo.
7- Não explore a disponibilidade do idoso, lembre-se que ele já trabalhou muito e hoje não tem mais resistência, saúde e vigor para tomar conta de problemas e cachorros... dos outros. Deixe em paz o cartão bancário com o pagamento da minguadíssima aposentadoria. Vai à luta!
8- Mude o canal da TV quando o assunto é desgraça!
9- Ao visitar o idoso, leve algo que lhe faça bem à saúde: boa conversa, estímulos, boas notícias... palavras cruzadas, linha para crochê... uma fruta que ele possa consumir... um livro. Nas festas de aniversário e Natal, seja criativo! Chega de tanto pijama e chinelo.
10- Lembre-se: a pessoa idosa tem todo direito à felicidade e não vai ser você que vai atormentar os derradeiros dias da vida de ninguém. Exercite a gratidão, o perdão, a solidariedade e chega de despejar lixos de traumas, tristezas antigas e carências na caçamba que a vida cismou de colocar na porta de quem lutou tanto para resistir às intempéries.