quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Jedicon 2008

Para os fãs de Star Wars, o Jedicon é o encontro! Será dia 11 de outubro, das 10:00 as 18:00.
Local do evento:
Rua Voluntários da Pátria, 547, Santana, São Paulo-SP.
Fica próximo ao metrô do Tietê.
Entrada:
R$ 20,00 + um quilo de alimento não perecível.

Para aquisição do ingreço antecipado:

http://conselhosp.com.br/jedicon/return/vendas.htm

E no site, tem o seguinte lembrete:

"AVISO IMPORTANTE!

A camiseta é o ingresso vendido antecipadamente.
O cupom numerado que vem junto com a camiseta é o seu número para sorteio, nada mais. Não funciona como ingresso, você tem que vestir a camiseta-ingresso (como o próprio nome diz) para entrar na Jedicon.
Repetindo: o CUPOM numerado de participação do sorteio NÃO É O INGRESSO, ok? Ingresso é a CAMISETA! Se aparecer alguém na entrada apenas com o cupom, não será permitida a entrada. Portanto, vá vestido com sua camiseta e não se esqueça do cupom para concorrer aos brindes do evento! Quem for fantasiado direto de casa, procure colocar a camiseta por baixo da roupa ou leve a mesma a tiracolo pra apresentar na entrada e garantir seu dia de diversão!"
Para mais informações:
http://conselhosp.com.br/jedicon/


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Teste sua percepção 3D

Coign of Vantage não é exatamente um teste, mas é um jogo que testa a sua capacidade de reunir pixels embaralhados e formar uma imagem coesa. Através do movimento do mouse, você gira a nuvem de pixels de forma que eles se encaixem e formem a figura que aparece pequena no canto superior direito. No começo, eu ficava olhando o modelo para descobrir qual imagem eu deveria formar. O contador ia regredindo o tempo e, brevemente, o jogo terminava. Depois, quando descobri um macete, conclui que não é necessário olhar a imagem modelo: basta observar os pixels que você perceberá como movimentar a imagem.

Esta foi a minha pontuação:



E você, quantos pontos fez?


Coign of Vantage:
http://www.bobblebrook.com/games/coign-of-vantage

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fanmixcon 6

O sábado amanheceu frio e nublado. Depois, o dia tornou-se chuvoso e a umidade aumentou ainda mais a sensação de frio. Apesar disso, peguei meu guarda-chuva e fui. Como imaginei, o mal tempo fez com que muitas pessoas desistissem de ir e, pelo volume de pessoas, não deve ter ido um quarto das que foram no ano passado. No quinto Fanmixcon, mal dava para andar. Neste, o espaço desocupado era visível. As filas eram pequenas, o que foi bom, mas havia menos estandes, o que foi ruim, pois o pessoal do garage kit não foi e eu havia me divertido tanto da última vez...
Fiz aula de origami, onde montei uma flor, um tsuru e uma caixinha. O professor Zein era tão paciente quanto o nome e muito versátil, pois numa mesa tinha várias pessoas fazendo origamis diferentes e ele ia orientando um pouco cada um, de forma que todos produziam.
Zein e a flor que fiz:

Fiz aula de mangá sobre como desenhar rostos femininos e masculinos, com ênfaze para as características que proporcionam as diferenças. Foi muito bom, pois confesso que quando me arrisco a desenhar mangá, meus meninos sempre se pareciam meninas. Vamos ver se agora, com as dicas do professor Ricardo, o problema se resolve.

Ricardo, com o começo do meu desenho sob o lápis:

Aproveitei o estande da Comix, que estava com 20% de desconto, para fazer uma compra de vários títulos de Sandman. Horas garantidas de diversão!

Durante todo o evento, muitas fotos (adoro fotografar!), mas, infelizmente, havia menos cosplayers do que de costume.

Coringa:


Apesar de tudo, foi muito divertido! Minha filha também adorou!
Mais imagens em:

http://www.youtube.com/watch?v=qE5jg1tbsPw

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sobre o Blog

É incrível como o ser humano vive em busca de algo mais!
Ainda não estava satisfeita nem com a imagem, nem com a descrição do meu blog. Afinal de contas, escrevo sobre tantas coisas que fica difícil resumir em um slogan. Algo como "de assuntos sérios a trivialidades" resumiria bem, mas ainda não passava a essência, o ideal.
O que eu quero com este blog?
Acrescentar algo ao mundo, contribuir com a sociedade, dar idéias, enfim, de alguma forma quero ser útil.
Agora, finalmente, acho que o título chegou lá. Vamos ver se este será o definitivo!
Imagem do título anterior:


Teste sua capacidade de contar rapidamente

O ser humano adora testes. Provavelmente porque se interessa em comparar resultados, gosta de mostrar seu desempenho e sentir-se melhor do que os demais.

Desde crianças, testamos de tudo. Quem é o mais forte, quem aguenta comer mais, quem cospe mais longe... Os anos passam e os motivos vão ficando menos declarados, mas ainda estão lá: quem consegue ficar com a menina (o) mais bonita (o), quem consegue passar naquela faculdade difícil, quem arranja o melhor emprego...

Estamos sempre competindo, como se precisássemos provar algo a alguém constantemente.

Há pessoas são mais competitivas do que os outras, que querem ter o melhor carro, a maior casa, enfim, tudo é motivo para competir, enquanto outras parecem que não se importam com essa idéia de ficar comparando o seu com o do próximo.

Independente do seu grau de competitividade, quer saber se você consegue contar rapidamente? Passe no link abaixo e faça o teste pelo menos 25 vezes, que é o sugerido pelo site. Fique tranqüilo: cada teste dura 2 segundos. Abaixo segue o meu resultado. E você, como foi? Quer contar para comparar?



The New York Times:
http://www.nytimes.com/interactive/2008/09/15/science/20080915_NUMBER_SENSE_GRAPHIC.html

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O segredo de Brasília

Hoje estive lendo mais alguns contos do Neil Gaiman, do livro Coisas Frágeis. Pretendia escrever sobre eles. Mas, após ouvir o milionésimo carro de som com propaganda política, comecei a pensar sobre as eleições, que estão chegando. A cada novo ano eleitoral, sinto-me menos estimulada a votar. Com tantos escândalos políticos e desvios de dinheiro público, sinto como se a corrupção estivesse por trás de cada candidato e desconfio de todos. Confesso que ainda não decidi em quem vou votar. Talvez no Partido Verde. Talvez. E, enquanto pensava, acabei tendo uma idéia, que virou o conto que segue abaixo.

O segredo de Brasília

I

- Vamos embora. - Marina concluiu, virando-se na cadeira para poder se levantar.
- Mas ainda nem terminei meu suco… - observou Luciano, que só tinha bebido metade do conteúdo de seu copo.
Estavam em uma lanchonete na avenida próxima ao apartamento onde ela morava. Cada um havia pedido um suco e, para dividirem, escolheram uma porção de batata frita. A garota bebeu seu suco na primeira meia hora de conversa e mal tocou nas batatas. Muito gordurosas para ela, que era sempre tão comedida com sua alimentação. Já o rapaz, devorou o restante da porção enquanto bebia pequenos goles e falava, falava muito. E a menina só escutou, até o momento em que ele terminou de contar e ela decidiu ir ao caixa.
- Desculpe. É que você falou tanto, que achei que já tinha terminado de beber…
- Tá, já entendi, você não estava gostando da história. Era só falar!
- Não é bem assim. Mas é que…
- Agora, não adianta disfarçar! Estou aqui, abrindo meu coração para você há duas horas e você não acreditou em uma palavra do que eu disse.
- Mas tudo parece tão maluco, tão impossível… - pontuou ela, desviando o olhar e deixando-o perdido entre os carros que passavam na avenida.
- Eu sei… No começo, eu também não queria acreditar. Achei que era um boato de bastidores. Até que vi com meus próprios olhos!
- Você viu a coisa? - Marina perguntou, fazendo cara de nojo.
- Só de passagem, por um vão de porta.
- Isso muda tudo. Se você viu, eu acredito!
Luciano olhou para ela, com os olhos úmidos, segurando a lágrima que queria se formar. Era muito importante para ele que Marina acreditasse. Ela era sua melhor amiga. Aliviado, tomou o restante do seu suco e levantou-se para ir pagar a conta.
- Deixa que eu pago, você falou que estava sem dinheiro. - lembrou Marina.
- Obrigado. Quando eu arranjar outro emprego, eu pago nossos próximos lanches.
Conta paga, foram andando vagarosamente pela avenida em direção ao apartamento de Marina. Era quatro da tarde e havia muitos carros e ônibus passando por ali. Sorte que era domingo, assim sua amiga estava livre para conversar.
- Sabe de uma coisa… - começou Marina, enquanto pisava em um galho de árvore que estalou sob seu tênis.
- Que foi?
- Quero que você me conte a história novamente.
- Por quê?
- Agora que eu acredito, quero saber os mínimos detalhes, quero escutar tudo o que você descobriu. Mas não acho que isso seja assunto para se falar em público. Vamos pra minha casa.
Luciano sorriu, meneando a cabeça positivamente. Ele mesmo ainda não tinha assimilado todos os últimos acontecimentos e, falar deles, parecia ser algo bom. Talvez fosse mais fácil até para ele aceitar a si mesmo.

II

O apartamento de Marina era bem simples. Um dormitório, uma cozinha-área-de-serviço e banheiro. A porta ficava de frente para a geladeira. Depois era a pia, o fogão, meia parede e, atrás dela, um tanque. Na parede oposta, ficava uma bancada comprida que acompanhava o cômodo e quatro banquinhos. A bancada era interrompida pela passagem que ia ao quarto e ao banheiro. Marina pendurou sua bolsa num gancho atrás da porta e foi lavar as mãos:
- Ainda está com fome? Vou preparar um lanche para mim. Quer um também?
- Até quero. As batatas estavam boas mas não deu nem pro começo… - sorriu Luciano, corando sem graça.
- Mas vou logo avisando que aqui não tem nada das porcariadas que você costuma comer!
- Qualquer coisa serve. O que você tem?
- Pão integral, alface, tomate, cenoura ralada, queijo branco e suco de caju. - respondeu Marina, enquanto reunia os ingredientes em cima da bancada e pegava os pratos e copos.
- Faz para mim um igual ao seu.
- Enquanto eu faço, explica melhor o que você foi fazer em Brasília.
- Me ofereceram um estágio. Sabe como é, quando a gente distribui os currículos nunca sabe quem vai chamar. - concluiu Luciano.
- É verdade. Acho que foi azar…
- Mas na época, a oferta era boa. Um estágio de 6 horas por R$800,00 não se encontra todos os dias. - justificou-se Luciano.
- Mas você nunca ouviu o ditado que diz que quando a esmola é demais o santo desconfia? - questionou Marina, terminando os lanches e sentando-se para comer.
- Como se eu ligasse pra ditado popular… - falou Luciano com desdém.
- Pois deveria. Agora, não estaria nessa enrascada! - concluiu Marina. Deu uma mordida grande em seu sanduíche e ficou quieta, mastigando seu bocado. A alface estava bem fresca, estalando apetitosamente ao ser mordida. Luciano também mordeu seu pão e ficou imaginando o que Marina tinha contra hamburger, cheddar e muita maionese. Refrigerante, então, devia ser algo impossível naquela casa. Quando já estavam na metade, Luciano voltou a falar:
- No começo, as coisas eram normais. Gabinete de deputado tem muitos auxiliares e eu era apenas mais um. Até que, uma noite, o Joca me ligou.
- Não me lembro de você ter falado dele… - observou Marina, que sempre foi muito detalhista.
- O nome dele era Joaquim. Também era estagiário. Havíamos saído algumas vezes para beber depois do trabalho e trocamos número de celular. Ele disse que qualquer dia desses ia me apresentar uma amiga. Pena que não deu tempo, coitado. - comentou Luciano, com pesar em seu olhar.
- O que ele queria?
- Nunca soube completamente, apenas desconfio. Acho que ele queria me alertar. Ele estava muito nervoso, falando frases sem sentido. Pelo menos, era assim que se pareceram naquela época.
- Hoje, você o ouviria de outra maneira…
- Pois é, ele falou algo mais ou menos assim: “Não volte mais lá!”, “Fuja daquilo!” “Vou tentar resistir, mas não sei por quanto tempo…”, “AAAAAAi, minha cabeça!”, “Acho que vou enlouquecer!”, “Eles vão me dominar, já está acontecendo…” e a ligação foi terminada. Depois disso, ele nunca mais apareceu para trabalhar. Disseram que ele pediu para ser mandado embora, que tinha arranjado algo melhor.
- Se você imaginasse o que era, nunca mais teria voltado a trabalhar naquele lugar… - respondeu Marina, num tom de voz pensativo.
- Pois é. Como eu ainda não sabia de nada, voltei. E só comecei a estranhar as coisas quando percebi que o Carlos ficou diferente. Antes, ele trabalhava dizendo que queria juntar uma grana. Falava que ia sair de lá em um ano ou dois. Dizia que não aguentava a idéia de trabalhar para político. O asco dele era tamanho, que ele disfarçava na hora de trabalhar, mas, fora de lá, fazia a maior cara de nojo. Certo dia, chegou para trabalhar falando que queria começar carreira política. Disse que estava mexendo os pausinhos, que o deputado se interessou pela candidatura dele para vereador e que iria apoiá-lo nas próximas eleições. Se afastou dos colegas, vivia atrás do deputado e falava de política com um brilho no olhar e um tom de orgulho na voz. Irreconhecível!
- Será que foi a convivência? - questionou Marina, imaginando os meses de lavagem cerebral que o ambiente de trabalho poderiam ter proporcionado ao rapaz.
- Não. Foi do dia para a noite. Dormiu odiando político e acordou apaixonado pela carreira.
- Nossa!
- Poucas semanas depois, vi algo parecido com o Pedro. Ele só não odiava política. Mas um dia, sem mais nem menos, também apareceu no trabalho dizendo que queria voltar à sua cidade Natal e que iria se candidatar a vereador. Aquilo passou a me deixar intrigado. Conversando com estagiários de outros gabinetes, concluí que o mesmo se passava em mais lugares. Era tudo muito suspeito. Até que, um dia, o secretário do deputado me chamou para jantar na casa dele. Disse que era a respeito de uma promoção. Na hora imaginei o pior. Comecei a falar que ele poderia explicar ali mesmo, que eu nem pretendia ficar ali muito tempo para ser promovido, enfim, tentei evitar o cara de qualquer jeito. Não adiantou. Ele disse que eu poderia pensar melhor, que eu poderia responder depois de uns dias, pois ele não estava com pressa.
- Você não perguntou porque foi escolhido? - interrompeu Marina.
- Ele respondeu que eu tinha potencial. Disse que eu queria ganhar dinheiro e que ele tinha como me ajudar a ganhar mais e mais rápido. E foi-se embora da sala. Quando eu estava saindo, passei em frente à porta desse secretário, que estava entreaberta. Ele estava de costas, segurando uma espécie de aquário sem água com algo dentro. Talvez uma lesma. Era preta e estava grudada no vidro. Ele andou em direção ao fundo da sala e saiu do meu campo de visão. Confesso que fui embora com aquilo na cabeça.
- Você saiu de lá e foi direto para casa? - quis saber Marina, que estava ansiosa e apertava uma mão contra a outra constantemente.
- Não. E esse foi meu erro. Sentei em um barzinho e fiquei pensando nos acontecimentos. Acho que fiquei bebendo em torno de uma hora e depois fui para casa. Chegando lá, estava com o corpo mole e entrei pensando em dormir. Poucos minutos depois que entrei em casa, a campainha tocou. Era um entregador de pizza. Abri a porta e reclamei que não tinha pedido pizza nenhuma, que não ia pagar, que eu estava a fim de dormir e que não tinha nada com aquilo. O cara falou que era baratinho, que estava na promoção, que era R$10,00 e que o endereço era o meu. Então, ele me mostrou o papel. Era mesmo o meu endereço. Entrei xingando para buscar a carteira. Foi então que tudo aconteceu. O entregador de pizza me derrubou no chão e prendeu meus braços nas costas. Eu estava tão mole, pela bebida e pelo cansaço, que, por mais que eu tentasse, não consegui reunir forças para lutar. Então, ouvi passos no corredor. Alguém entrou, acendeu a luz e fechou a porta.

III

Luciano parou um momento, como que organizando as idéias. Bebeu mais suco e recomeçou a narrativa.
- Acho que a cena que se sucedeu foi mais ou menos essa:
- Peguei o cara certo? - voz do entregador.
- Pegou. - e a voz era do secretário do deputado. Fiquei mais assustado do que já estava.
- Me passa a arma, assim eu cuido dele melhor. - pediu o entregador.
- Vire-se devagar. - ordenou o secretário.
Virei bem devagarinho.
- Isso, muito bem. Agora, nem tente reagir. Se fizer alguma gracinha, leva tiro.
Agora que eu podia vê-lo, observei que o secretário estava com o mesmo terno de quando eu o vira no gabinete, carregando o que parecia ser aquele aquário sem água, só que coberto por um pano.
- Sente-se naquela cadeira ali. Isso, muito bem. Agora, ponha seus braços para trás do espaldar da cadeira. Isso, assim… - disse o secretário enquanto colocava o que trazia sobre a mesa, tirava um par de algemas do bolso do paletó e me algemava.
Depois de me algemar, ele puxou o pano e lá estava a estranha lesma preta em seu vidro, só que desta vez ela estava numa posição mais curva. Naquele momento em que o aquário estava ao meu lado, pude olhar mais de perto e ver que a lesma não se parecia com as lesmas comuns. Tinha uma cabeça comprida e fina, avermelhada, que só pude concluir tratar-se da cabeça porque o outro lado era mais fino e preto como o restante do corpo. Era gosmenta, e deixava atrás de si um rastro esverdeado de brilho fraco, como se tivesse um pouco de brilho da Lua nele. E, ao contrário das lesmas, mostrou-se bem rápida quando foi ser pega, espalhando sua gosma verde luminescente pelas paredes e fundo do aquário vazio. Estava pensando que aquilo também não era um terrário, pois não havia terra em seu interior, quando a lesma preta pinçada foi esticada pelo secretário na minha direção.
- Você devia ser grato. Terá uma vida promissora de agora em diante. Voltará para Campinas, onde se canditará a vereador. Depois, prefeito. Quem sabe, um dia, governador? Ou deputado? Senador? Quem sabe? - e aproximou o verme do meu rosto, que tentei afastar ao máximo.
- Eu não quero nada disso! Você vai ver, vou denunciar você e os seus ajudantes!
- Há, há, há, há! Você não quer agora, mas vai querer. Vai gostar desses cargos. Vai querer cada vez mais dinheiro e mais poder. E, em breve, não vai se lembrar de mais nada do que está acontecendo agora.
Marina estava muito nervosa. Sua boca estava seca, tamanha era sua tensão. Serviu-se de mais suco e ofereceu ao amigo, que recusou e continuou a narrativa:
- Algemado e sob a mira de uma arma, não tive muitas alternativas. O secretário esticou a pinça até depositar aquela coisa preta pegajosa na minha bochecha, que rapidamente se deslizou pelo meu nariz adentro e subiu para o meu cérebro. Foi horrível! Doeu, fedeu, foi nojento, ardeu, me deu tontura, minha cabeça começou a latejar e, quando eu já estava quase pra vomitar, desmaiei. Acordei na minha cama, com a roupa do trabalho. A porta da rua estava fechada, porém destrancada. Minha chave ainda estava no meu bolso. Corri para um espelho, em busca de algum sinal da criatura nojenta, mas não havia nenhum. Então, fui ao aeroporto, comprei uma passagem para São Paulo, chegando lá peguei um ônibus para Campinas e vim te procurar. Eu não quero ser prefeito desta cidade. Eu não quero ter nada com a política. Por favor, Marina, você precisa me ajudar! Preciso me livrar desse verme!
- Ajudo, Luciano, com certeza eu ajudo. Antes, eu não tinha estendido direito, você tinha me contato que achava umas coisas, deu algumas explicações vagas, tudo muito sem sentido e sem provas.
- Eu tinha medo de contar tudo. Medo da sua reação… - justificou-se Luciano, dando a impressão que começaria a chorar a qualquer momento.
- Agora que você explicou tudo, não só acredito como já tive uma idéia para lhe ajudar. Naquela avenida onde estávamos lanchando hoje tem uma clínica de imagens e diagnóstico. É só alguns quarteirões depois. Poderíamos ir lá amanhã e fazer alguns exames.
- Com que dinheiro?
- Eu tenho algumas economias. - ofereceu Marina.
- Mas não precisa de um médico para fazer o pedido do exame?
- Conheço um clínico geral que cobra R$40,00 a consulta. Garanto que se eu falar que você anda tendo dores de cabeça e quer investigar a causa, ele preenche os pedidos.
- Puxa, Marina, nem sei como te agradecer! - respondeu Luciano comovido, abraçando a amiga.
O abraço foi longo, acompanhado de um choro que era um misto de angústia com alívio. O choro foi cedendo, o abraço foi se desfazendo, até que Luciano secou os olhos com as costas das mãos e sorriu. Então, Marina sugeriu:
- E agora, vamos dormir?
- Vamos! Não preguei o olho desde que saí de Brasília. - explicou Luciano, cujo rosto demonstrava um grande esgotamento.
- Se você não se importar, tenho um colchão onde uma amiga costuma dormir quando vem aqui em casa. É fininho, mas é melhor do que nada.
- Cansado como estou, dormiria até de pé!

IV

No dia seguinte, Marina levantou-se e foi ligar para o seu trabalho. Disse que iria faltar por motivo de doença. Estava preparando o café da manhã, quando Luciano acordou.
- Bom dia! Comprei pão francês para você, pois sei que você adora. - mostrou Marina, enquanto terminava de rechear o pão.
- Obrigado! Já disse que você é um amor?
- Imagine, o que é isso. Amigos são para essas coisas… - respondeu Marina, corando, indo pegar leite na geladeira.
Luciano começou a cantarolar a Nona Sinfonia de Beethoven animadamente.
- Ora, ora, como acordamos de bom humor! Posso saber o motivo de tanta alegria? - perguntou Marina, indo até a bancada para colocar o leite nos copos.
Luciano aproximou-se de Marina, ficando entre ela e a porta da rua.
- Marina, minha cabeça está cheia de planos! São tantas idéias ao mesmo tempo, que não vejo a hora de começar! Espere para ver: minha carreira política será um sucesso!
Marina deu um passo para trás, boquiaberta. A mão trêmula derrubou leite fora do copo, que escorreu na bancada.
- Quer ser minha assessora? - propôs Luciano, estendendo a mão.
E, quando Marina olhou para a mão estendida, estremeceu ao ver uma pequena, mas inconfundível lesma preta em seu dorso.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sobre o Blog

Como aprender nunca é demais, principalmente na blogosfera, onde cria-se coisas novas todos os dias, resolvi ler o Bê-a-Blog.
Na parte destinada ao conteúdo, me deparei com um site no rodapé que me chamou a atenção: o Lablogatórios. Não resisti e fui dar uma olhada (e fiz tantas coisas depois que até agora não acabei de ler o texto do Bê-a-Blog).
Chegando ao site, gostei da proposta (reunir blogs de ciências) e aproveitei para dar uma olhada nos colaboradores. O que me chamou a atenção no template de cada blog foi a idéia de colocar um resuminho, o famoso "a que seu blog veio" abaixo do título.
Após visitar alguns, decidi fazer um novo título para o meu blog, desta vez utilizando uma foto minha.

Bê-a-Blog:
http://blosque.com/2008/08/be-a-blog-download-gratis-blogs-pelados-e-sem-roupa-de-gratis.html

Lablogatórios:
http://www.lablogatorios.com.br/

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Justiça!



Menina alegria, pura energia, saiu pra nadar.
Em um instante, o riso constante pois-se a calar.
Vive dormindo, quem sabe sonhando, ano após ano.
Amigos, parentes, blogueiros unidos, estão apoiando.
Justiça morosa, lenta, vagarosa, será realizada?
Estamos cobrando, aqui protestando: justiça! E mais nada.





Este post faz parte da Blogagem Coletiva para Flavia:

domingo, 14 de setembro de 2008

Fanmixcon 6

No ano passado, fui no sábado (http://belcrivelli.blogspot.com/2007/09/fanmixcon-5-sbado.html) e no domingo (http://belcrivelli.blogspot.com/2007/09/fanmixcon-5-domingo.html). Foi ótimo! Vou tentar repetir a dose este ano...

Para quem não conhece, vou explicar.

  • O que é Fanmixcon?

É um evento multitemático, propondo assim uma mistura de fãs de RPG, jogos eletrônicos, ficção científica, histórias em quadrinhos e animes, todos reunidos em um único evento, com a finalidade de ser um encontro para troca de idéias, informação e muita diversão!

  • Onde será o evento?

Ele irá se realizar no Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinas, localizado na Rua Camargo Paes, 118, Guanabara, Campinas-SP. É perto da rodoviária.

  • Quando?

Ocorrerá dias 20 e 21 de setembro, das 11:00 as 20:30.

  • Qual o valor do ingresso?
Na porta, o valor do ingresso será de R$13,00 ou R$10,00 + 1kg de alimento não perecível (exceto açúcar e sal). Os ingressos antecipados custarão R$10,00.
  • Onde posso comprar meu ingresso antecipado?
Em Campinas:

Instituto Cultural Nipo Brasileiro de Campinas
Rua Camargo Paes, 118 - Guanabara
Fone: (19) 3241-1213
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Big Boy Games
Avenidade Alberto Sarmento, 879 - Castelo - Campinas
Fone: (019) 3243 2444
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Legends do Brasil Hobby Center
Rua Uruguaiana 812 - Bosque - Campinas

Fone: (019) 3234 3343

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Ânima - Academia de Arte

Rua: Sampainho, 78, Cambuí - Campinas

Fone: (019) 3342-2992

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Pandora - Escola de Desenho

Rua: Joaquim Novaes, 25, Cambuí - Campinas

Fone: (019) 3305-4731

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Em Valinhos:

Game Mania Clube

Avenida dos Esportes, 1021, Centro - Valinhos/SP

Fone: (19) 3869-2593



  • O que vai ter no Fanmixcon 6?

Programação do Palco

Sábado:
11:00 - Animekê Livre
13:00 - Banda - One-Ni
14:00 - Artes Marciais
14:45 - Troféu FanMixCon de Dublagem
15:30 - Banda - Anirox
17:00 - Tentação Otaku
18:00 - Concurso de Cosplay
19:00 - Banda - Tsubasa

Domingo:
11:00 - Animekê Livre
12:00 - AnimeQuiz
12:45 - Concurso de Animekê
14:10 - Cultura Japonesa - Taikô
14:50 - Troféu FanMixCon de Dublagem
15:30 - Banda - Genki Force
17:00 - Concurso de Cosplay
18:20 - Teatro Cosplay
19:00 - Banda - Tsunami

Horários e locais das demais atrações:

Guarda-Volume:
Sábado e domingo das 11:00h as 19:00h. Local: Piso 1.
RPG:
Sábado e domingo das 12:00h as 18:00h. Local: Piso térreo.
Card Game:
Sábado e Domingo a partir da 14:00h. Local: ginásio.
Garage Kit:
Sábado e Domingo a partir das 13:00h, inscrições no local. Local: Piso 2.
Workshop de mangá:
Sábado às 14:15h e domingo às 13:00h. Local: Piso térreo.
Concurso Ilustração:
Sábado às 16:00h e Domingo às 15:00h, sempre após o workshop de mangá. Local: Piso térreo.
Chuunin Shiken:
Sábado e Domingo a partir das 13h30min, inscrições no local. Local: Balcão de Informações. (Piso Térreo).
Campeonatos de jogos:
Sábado e Domingo. Local: Press Start (Piso 1)

Mais informações:


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pérolas da Infância

- Mãe, a professora passou os preços de alguns materiais escolares e pediu para que a gente montasse três problemas com eles.
- Então, monta os problemas que eu confiro.
- Dita para mim?
- Mas quem tem que fazer o problema é você!
- Ah, é!

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Descobrindo que nem todos os autores são tão interessantes quanto Tolkien:

Tenho encontrado minha filha para almoçarmos juntas. Como termino de comer primeiro, vou lendo em voz alta um livro até que ela termine. Mês passado acabei O Hobbit. Este mês, estou lendo Os Seis Signos da Luz. Já estamos quase na metade do livro. Hoje, ela me perguntou:
- Mãe, por que você parou de ler O Hobbit?
- Porque o livro acabou.
- Ah, é, me esqueci. Ele era tão mais legal!

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Ao ler um livro da escola:
- Mãe, o que é latrava?
- Leia a frase, por favor.
- O velho Sultão corria e latrava.
- Leia de novo.
- Ah, é ladrava... - concluiu corando, envergonhada.

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- Qual é o plural de lápis?
- Lápis.
- Que estranho...

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Escolhendo cor de linha para a aula de crochê:
- Mãe, quero uma linha azul dia ensolarado, verde folhinha nova, lilás tom de violeta recém-desabrochada, amarelo sol radiante, e...

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Fazendo lição de casa:
- Oito vezes quatro é doze?
- Não. Oito mais quatro é doze.
- Ah, é... Eu estava somando!

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Conclusões sobre a professora:
- Mãe, o menino da minha classe chutou a minha cola e ela quebrou.
- A professora conversou com o aluno?
- Não adianta. Ela vive reclamando e ele não muda. Se a professora não criar coragem de mandar ele para a diretoria, ela nunca vai se tornar uma professora melhor...

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Já que a maioria das Pérolas da Infância era relacionada com escola, procurei uma imagem que se adequasse ao tema. Veja que inspirador o kit escolar que encontrei:


domingo, 7 de setembro de 2008

Independência pessoal

Muitas pessoas vivem suas vidas numa mera sucessão de dias. Não percebem que alguma rotina não é boa ou que poderiam viver melhor em algum setor pessoal. Às vezes, até reclamam que estão fazendo algo demais e que preferiam fazê-lo menos vezes, mas não mudam de atitude.
Na prática, tudo continua igual. As atitudes não mudam e, conseqüentemente, os problemas também não. E, para essas pessoas, os anos passarão e, quando se derem conta dos erros cometidos, já será tarde demais.
Acredito que todo mundo quer o melhor para si. Também creio que quem erra em prejuízo próprio o faz por desconhecimento de causa. Por isso, resolvi aproveitar o Dia da Independência do Brasil para escrever um texto que auxilie a independência pessoal.

Vamos começar pela independência financeira.
Tem gente que não sabe viver dentro dos seus limites financeiros. Faz crediários que sufocam ou ultrapassam o orçamento, enche o cartão de crédito de prestações, avança no limite do cheque especial e vive no vermelho. São pessoas que compram porque acham que precisam de algo naquele instante, que não podem continuar vivendo sem determinada coisa e, principalmente, não podem esperar juntar o dinheiro primeiro e comprar depois.
Há muitos que compram, compram e compram sem precisar, sem ter mais aonde enfiar tanta coisa em suas casas, coisas que certamente não precisam. Mas continuam a comprar. Comprar é como um vício, uma necessidade. É preciso ter sempre mais e mais. Ter o último modelo disto, o último lançamento daquilo, o não-sei-o-quê que está na moda...
É sempre assim: o top de linha de hoje já está ultrapassado amanhã e, quem se sente na necessidade de acompanhar o mercado, corre comprar o mais recente. É comprar, comprar e, depois, comprar. Não que comprar seja ruim. Não é isso. Adquirir coisas úteis é bom, facilita a vida, pode ser divertido, mas, o que não se pode fazer, é ter as compras como foco central. Comprar deve ser parte da vida e não o objetivo dela. E, como as demais partes da vida, a compra precisa ser planejada. Não se deve gastar mais do que se recebe. Por isso, se este mês você não tem dinheiro para comprar algo, não arranje uma dívida. Espere mais um pouco. Compre quando puder, sem ser levado por influência externas (propaganda, modismo, influência dos amigos que tem e você ainda não). Sem afundar em dívidas, você se mostrará responsável e poderá dizer que você é independente financeiramente, pois gasta apenas o que ganha. Se conseguir guardar algum dinheiro, melhor ainda! E isso será mais um motivo de satisfação pessoal!

Vamos falar um pouco da independência tecnológica.
Tem gente que tem compulsão por tela e só sabe se divertir se for em frente de uma. São pessoas que só encontram distração se for vendo televisão (principalmente quando é TV a cabo), jogando video-game, jogos de computador, navegando na internet, etc. Parece que a vida dessas pessoas se resume a estar atrás de uma tela. Não saem com os amigos, não lêem um livro, não praticam esporte. Não que eu tenha algo contra telas, não é isso. Afinal, estou atrás de uma, não é mesmo? Mas a diferença está na quantidade de tempo passado atrás dela. É preciso moderação, saber dosar o tempo empregue nessa forma de lazer e dividir com outras. Não dizem que o mal do século é a vida sedentária? Pois quem vive atrás de uma tela não pratica esporte. Você pode até dizer: "Mas tem aqueles jogos de dançar em o controle é um tapetinho". Sim, tem mesmo. Mas quantos viciados em tela o usam? E essa atividade realmente é a ideal? Pois esse é o problema do excesso de tela: falta de atividade física. Isso sem falar na falta de convívio social. Porque amigo virtual é bom, mas não substitui os de carne e osso.
Por todos esses motivos, é preciso saber medir o tempo empregue atrás de uma tela, dividindo-o com outras áreas de interesse. Seja você quem está no comando da tela!
Outro motivo de dependência tecnológica da atualidade é o celular. Começou com o telefone fixo. Principalmente para as mães de jovens desregrados, as contas telefônicas passaram a refletir as horas empregadas atrás do aparelho. Com o celular, tenho observado que o problema das contas caras atingiu outras faixas etárias. Já ouvi muito adulto (35-45) reclamando que não sabe como a sua conta está caríssima, novamente. Acho que o motivo número um chama-se papo-furado. As pessoas usam o celular para conversar sobre fofocas ou amenidades. Se utilizassem somente para emergências e recados importantes, isso não aconteceria. Quer ter uma conversa mais longa? Marque um encontro. Além de ser mais prazeroso, é mais econômico. A pessoa mora longe? Ligue no domingo, que a tarifa é mais barata ou mande uma carta, que é mais em conta ainda.
Não podemos criar dependência aos aparelhos. Os avanços tecnológicos criam uma enorme quantidade de coisas interessantes todos os dias. Precisamos utilizar os aparelhos ao nosso favor, sem nos deixar escravizar pelas máquinas. Os equipamentos devem diminuir distâncias, proporcionar conforto e diversão. Não devem nos privar de vivermos a vida, de cuidarmos de nós mesmos e daqueles que nos são importantes. Por isso, use a tecnologia a seu favor!

A independência alimentar é algo muito difícil de se manter atualmente. A sociedade moderna desenvolveu uma enorme variedade de guloseimas às quais se é difícil resistir. São salgadinhos de milho ou de batata, barras de chocolates variadas, bolachas recheadas, bolinhos, enfim, uma infinidade de alimentos prontos para comer e que costumam ser ricos em gordura, em sal ou em açúcar, sem falar nos conservantes. O mesmo problema ocorre quando vamos fazer um lanche rápido. As lanchonetes costumam oferecer salgados geralmente fritos ou lanches repletos de queijo, maionese ou bacon, o que significa mais porções de gordura. Se formos nos deixar levar por esses tipos de alimentos, ficaremos acima do peso e abaixo dos nutrientes necessários, carentes de fibras, vitaminas e sais minerais. É claro que lanches são apetitosos. As propagandas estão tentando te convencer disso o tempo todo. Você conhece o jingle do arroz-feijão-bife-salada? Não, mas o do Big Mac você sabe na ponta da língua. Mas é disso que você quer viver? Seu corpo é constituído do que você ingere. Se você viver de porcaria, não poderá ter saúde.
Portanto, para manter-se saudável, é preciso resistir e procurar alimentar-se de forma equilibrada. Coma besteira somente de vez em quando e procure para o seu cotidiano alimentos realmente nutritivos, ao invés de meras calorias vazias. Caloria vazia só serve para engordar. E depois que engordar, não adianta recorrer a dietas milagoras: reeducação alimentar é a solução. Coma mais saladas, mais legumes cozidos, evite frituras e alimentos com açúcar. E entenda que evitar é comer pouco, o que é diferente de comer nunca.
Você pode comer de tudo um pouco. Comendo assim, você não passa vontade, mas também não exagera. É o caminho do meio. E quantas pessoas tem dificuldade de seguir o caminho do meio... Infelizmente, é grande o número de pessoas que exageram. Um grande exemplo disso é quem come em restaurante. Se é por quilo, muitas pessoas avançam na mistura e fogem da salada. Se a comida é à vontade, repetem muitas vezes até não aguentarem mais. Se observar os dois exemplos, concluirá que ambos se esqueceram de comer com equilíbrio. Devemos escolher os alimentos de forma balanceada e em quantidades que nos satisfaçam, sem exceder.
Somente através de uma dieta diária equilibrada teremos saúde hoje e garantiremos um envelhecimento com menos doenças. E, como dizem, é melhor previnir do que remediar.
Portanto, pense bem: como você se alimenta? E coma de forma consciente!

Agora, a mais difícil de todas, a que requer mais atenção, pois exerce influência nas anteriores, é a independência emocional.
Vivemos em sociedade. Sim, isto é uma fato. Dependemos do outros para viver. Sim, isto é outro fato. Não cultivo os meus alimentos, não produzo algodão, não sei tecer, nem confeccionar as roupas que uso. Não fiz o apartamento em que moro. Preciso de eletrodomésticos que não produzi, que utiliza materiais que não sei fabricar. Todos os dias, utilizo bens e serviços realizados por outras pessoas. Assim é a vida em sociedade. Porém essa dependência diária precisa de alguns limites: os individuais.
Como ser social, o ser humano sente necessidade de estar em contado com outros seres humanos. Ele precisa se sentir aceito pelos familiares e amigos e, a maioria, quer encontrar um companheiro para compartilhar a vida, enfim, quer constituir família.
Esse convívio social costuma começar na escola, quando fazemos nossos primeiros amiguinhos.
Mas é na juventude que damos o grande passo em busca da nossa individualidade. Muitos jovens, quando estão procurando formar grupos de amigos, costumam fazer coisas erradas para se sentir aceitos. Começam a fumar, beber. Muitos usam drogas. Praticam atos de vandalismo ou pequenos furtos. Realizam pequenas maldades para outros jovens, só para o grupo se divertir. E, achando que estão realizando grandes proezas, vangloriam-se de suas atitudes. Tornam-se dependentes desses amigos. A roupa, o cabelo, os acessórios, os lugares freqüentados, o modo de falar, enfim, quase tudo na vida desses jovens passa a ser ditado pelas expectativas do grupo. Geralmente há um líder, que é o modelo no qual os outros se espelham. Os anos passam, esses jovens começam a trabalhar e acabam se afastando. Neste momento, muitos não desenvolveram sua auto-estima e continuam dependendo da opinião dos outros para se sentir aceitos.
Outro dia, ouvi uma jovem olhando seu celular dizer: "Ninguém me ligou hoje. Será que se esqueceram de mim?". Para essas pessoas, digo uma coisa: desde quando receber ligação se tornou sinal de afeto? Parem, pensem! Se sentir lembrado é algo bom, mas não podemos fazer disso uma compulsão. Precisamos aprender a existir independente da opinião alheia sobre nós.
Essa dependência afetiva, quando não resolvida, vai crescendo, e a insegurança se reflete em alguma compulsão. Tem quem coma demais, quem viva em baladas (medo de ficar só?), quem se esconde atrás de uma tela, quem liga para todo mundo o tempo todo, quem compra demais, enfim, existe uma grande variedades de exageros cometidos por pessoas que, na verdade, o que realmente querem é se sentir queridas e amadas.
Qual é a solução? Dedicar-se aos seus amigos e familiares sem perder de vista a sua individualidade. Dedique um tempo para você. Faça coisas que você goste, aprenda coisas novas (um curso, por exemplo), descubra uma atividade física de que goste e pratique. Enfim, cuide-se física e psicologicamente. Invista em você! E faça apenas o que você quer, independente de moda ou opiniões alheias. Construa a sua opinião. Avalie e escolha o que é melhor para você!

E o que eu quero dizer com tudo isso? Eu quero que você pense. Reavalie a sua vida.
A independência pessoal se faz em cada atitude que tomamos de forma consciente e livre das influências externas. Conselhos são ruins? Não foi isso o que eu quiz dizer. Afinal de contas, o que estou escrevendo parece um conselho, não é? Mas perceba a diferença: não estou ditando algo. Estou pedindo que pense. Que escute o que os outros tem a dizer e que você decida. Você é a única pessoa que sabe o que é melhor para você. Mantenha-se no controle da situação.
Tudo o que é feito de maneira exagerada e em detrimento de uma melhor qualidade de vida, é ruim. Podemos fazer muitas coisas, desde que com moderação. Precisamos equilibrar nossas atitudes, de forma a agir levando em conta a complexibilidade de nossa existência e abrangendo momentos de dedicação a nós mesmos, aos amigos e aos familiares. E esse equilíbrio deve estar presente quando compramos, quando comemos, na hora de escolher o que vestir, como cuidamos da nossa saúde...

Sim, são muitos setores a serem diariamente cuidados e que, por isso mesmo, é preciso ter em mente o que é melhor para nós mesmos e não deixarmos nos influenciar pela publicidade. Por isso enfatizo tanto a importância de você se tornar independente, de você decidir por você mesmo sem se deixar levar por motivos externos. A publicidade quer que você compre (independente de você poder ou precisar), as propagandas querem te levar a comer (independente do alimento ser saudável), as revistas de moda querem ditar o que você deve vestir (independente do seu orçamento ou sequer levando em conta o seu gosto pessoal), a tecnologia (celular, video-game, internet, TV) quer se fazer irresistível (e se você deixar, adeus vida social).

Não aceite viver escravo da opinião alheia.
Não viva em função da moda.
Não viva para agradar os outros, nem para se sentir aceita ou amada.
Não se deixe prejudicar.
Viva procurando o que é melhor para você.
Faça o que você escolher, o que você decidir.
Independência pessoal, como o próprio nome diz, é algo que vem de dentro da pessoa.
Então, dê seu grito de independência e parta para a ação: a sua vida é você quem faz!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Esclerose Múltipla

Dia 30 de Agosto foi realizada uma campanha nacional para a conscientização da Esclerose Múltipla (EM).
Através de um folheto explicativo, o Programa de Atendimento ao Paciente informava as principais características da doença, que muitas vezes é desconhecida da população, o que dificulta a procura pelo tratamento. Visando atingir aqueles que buscam mais informações sobre a EM, colocarei abaixo as principais informações.
Sendo a causa mais comum de incapacidade neurológica em adultos jovens (20 a 40 anos), a doença caracteriza-se pela inflamação e destruição da mielina, que é uma substância que ajuda na condução de impulsos nervosos para o cérebro e para o corpo. A precocidade do diagnóstico e o início do tratamento específico são fundamentais para a melhor evolução do paciente, por isso, é preciso estar alerta aos sintomas:
  • perda de força nas pernas e braços
  • perda de visão, parcial ou total
  • falta de coordenação
  • formigamentos
  • incontinência e/ou retenção fecal e urinária
  • vertigens
  • perda de audição
  • dores faciais, nos braços, pernas e tronco
  • impotência sexual
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e dependem da área afetada.
A causa da EM é desconhecida, afetando o cérebro e a medula espinhal.
Não é contagiosa, sendo uma doença auto-imune, ou seja, o sistema imunológico passa a atacar os neurônios (células do sistema nervoso) como se eles fossem uma ameaça externa (vírus, bactéria, etc).

Esclerose Múltipla tem tratamento. Procure um neurologista.
Informe-se: 0800 11 3320
fonte: PAP - Programa de Atendimento ao Paciente

Perguntas sobre Esclerose Múltipla:
http://www.papmerckserono.com.br/Site/html/esclerose_perguntas.htm