Assim Julieta disse a Romeu.
Um nome não torna alguém melhor ou pior. Shakespeare escreveria com menor qualidade se seu nome fosse John ou Peter? E algum John ou Peter escreveria tão bem quanto o escritor inglês se seu nome fosse Shakespeare? Assim ocorre com tudo na vida: os nomes somente denominam as coisas, sem alterar suas qualidades.
Confesso que os apelidos carinhosos costumam ser bem-vindos pelas pessoas, pois são reflexo da intimidade e do carinho existente entre elas.
O que me incomoda são os apelidos maldosos, principalmente aqueles inventados para chatear as pessoas. Sei que algumas pessoas dirão que isso é apenas uma brincadeira, principalmente quando ocorre entre crianças e jovens. Costume infeliz. O que as pessoas que apelidam as outras talvez não saibam é que o apelidado na maioria das vezes não gosta e fica chateado com a situação, muitas vezes sem saber como resolvê-la.
Geralmente, os apelidos são utilizados apenas como uma forma de agressão, o que, somado a outros comportamentos agressivos, atualmente passou a ser conhecido por bullying.
Bullying é uma palavra inglesa que significa usar o poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, não dar atenção, fazer pouco caso, e perseguir os outros.
Ocorre principalmente entre os estudantes de 10 e 15 anos de idade, mas também pode ocorrer entre adultos no ambiente de trabalho.
Na escola, o bullying caracteriza-se pelos apelidos, gozações, a exclusão das brincadeiras, a humilhação e ridicularização, sendo uma soma de comportamentos que fazem parte da rotina de um número significativo de adolescentes. Como mais da metade dos alunos é vítima ou agressor, em algum momento da vida estudantil alguém sofreu, promoveu ou viu um ato de bullying.
A maioria das vítimas de bullying sentem-se intimidadas e isoladas chegando, em alguns casos, à perda de interesse pela escola e depressão.
Já na idade adulta, o bullying costuma acontecer no ambiente de trabalho, caracterizando-se por piadinhas ou críticas constantes ao desempenho de alguém, por dar mais tarefas do que um funcionário consegue cumprir para conduzi-lo ao erro e outras atitudes que deixam o trabalhador sentindo-se humilhado perante os demais colegas. O bullying pode vir de um superior ou de alguém de igual posição, sendo a primeira opção mais freqüente e, muitas vezes, culmina em um pedido de demissão.
Em ambos os tipos de bullying, há casos de pessoas que não suportaram tamanha pressão psicológica e cometeram suicídio.
O que fazer?
No caso do bullying escolar, os pais devem acreditar na existência do problema, apoiar seus filhos e buscar uma solução ao problema juntamente com a direção da escola ou universidade.
No trabalho, a pessoa pode começar conversando sobre o que está acontecendo com seu chefe. Caso isso seja ineficaz, ela deve procurar o seu sindicato e, na ausência deste, o setor de recursos humanos e fazer uma reclamação por escrito. Caso não obtenha uma solução, ela pode procurar um advogado trabalhista e pedir-lhe conselhos. E, se nada mais funcionar, a pessoa pode iniciar um processo judicial.
Em todas as formas de bullying, a instituição deve buscar previnir novos casos, divulgando informação, conscientizando e sensibilizando todos sobre a existência do problema.
A prevenção é sempre o melhor caminho!
Fontes consultadas:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18676.shtml
http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm
http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19
http://www.cicviseu.net/Principal/Noticias/Noticias.ASP?CodTema=15
http://www.esec-danielsampaio.pt/OsmeusWebsites_Webquest/Recursos.htm
http://www.espacoacademico.com.br/043/43lima.htm
http://www.advicenow.org.uk/go/feature/feature_363.html?pkgid=35
2 comentários:
A coisa é especialmente cruel na escola, principalmente na escola pública. Não existem meios legais de punição de um aluno, e somando isso aos funcionários que não estão nem ai tem-se uma situação bem dificil. As vezes a única coisa que posso fazer é dizer para o aluno : "o ensino médio acaba"
Essa realidade é muito triste, pois o que poderiam ser anos dourados de desenvolvimento intelectual e fonte de laços de amizade, passam a ser os anos de martírio e tormenta que muitos estudantes provavelmente só querem esquecer...
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