quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Dia XV

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***Notícias***

"Na capital, Nova Délhi, o primeiro-ministro, Manmohan Singh, hasteou a bandeira da Índia no histórico Forte Vermelho, no mesmo local que era ocupado pela bandeira britânica até 1947, ao som do hino nacional.
Centenas de balões nas cores da bandeira da Índia foram soltos no céu.
Na cerimônia, realizada sob forte esquema de segurança, Singh lembrou o esforço daqueles que lutaram pela liberdade da Índia, mas afirmou que o país só será verdadeiramente independente quando conseguir eliminar a pobreza.
A Índia é atualmente uma das economias que mais cresce no mundo. Mas, segundo o primeiro-ministro, poucos indianos se beneficiam desse progresso.
"Há 60 anos nós iniciamos uma nova jornada. Nós fomos inspirados pelas idéias de Mahatma Gandhi. (...) Nós só teremos liberdade e independência quando nos livrarmos da pobreza", disse Singh.

Inclusão social

Antes da cerimônia, a presidente da Índia, Pratibha Patil, já havia feito um apelo para que todos se beneficiem do “boom econômico” do país.
“Os frutos do desenvolvimento precisam necessariamente tocar as condições de vida e de trabalho de nossas massas e das pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza”, disse Patil, que é a primeira mulher a ocupar a presidência da Índia.
Segundo Sanjoy Majumder, correspondente da BBC em Nova Délhi, há uma clara preocupação entre os líderes da Índia com o fato de os benefícios do crescimento econômico ainda não beneficiarem a vasta maioria da população de mais de 1 bilhão de pessoas.
No entanto, apesar da preocupação, o clima na Índia é de otimismo, e muitos acreditam que o país finalmente emergiu de sua condição colonial para assumir uma posição de destaque no cenário internacional.

Comunhão

Em Wagah, na fronteira com o Paquistão, um grande concerto marcou a passagem da data.
Segundo o correspondente da BBC Alastair Leithead, entre a multidão que acompanhou o concerto o espírito era de comunhão.
No Paquistão, as comemorações foram realizadas na terça-feira.
Em agosto de 1947, com o fim do domínio do Império Britânico, a Índia ganhou a independência, mas teve seu território dividido, com a criação do Paquistão.
O novo país foi criado para abrigar a população muçulmana. Essa partilha do território indiano, baseada na religião, resultou na migração em massa de quase 15 milhões de pessoas: muçulmanos indo da Índia em direção ao Paquistão, hindus e sikhs fazendo o caminho inverso.
Calcula-se que entre 200 mil e 1 milhão de pessoas tenham morrido na violência que se seguiu à divisão - que muitos consideram uma das maiores tragédias do século 20.

Segurança

Uma ampla operação de segurança foi montada para as comemorações desta quarta-feira em toda a Índia, para evitar o risco de ataques de militantes.
Aeronave e dezenas de milhares de agentes de segurança foram acionados para impedir que ameaças da rede terrorista Al-Qaeda e de rebeldes que atuam em diversas regiões do país se concretizem.
Apenas em Nova Délhi, 70 mil policiais e tropas paramilitares foram posicionados em prédios do governo e na área que abriga as embaixadas.
Horas antes do início das comemorações, quatro explosões atingiram o Estado de Assam, no nordeste do país, sem deixar feridos.
A polícia afirma que as explosões foram provocadas por militantes do grupo separatista Frente Unida pela Libertação de Assam (Ulfa, a sigla em inglês), que convocou um boicote às comemorações.
Grupos separatistas da Caxemira classificaram as celebrações da independência como um "dia negro". Em anos anteriores, esses grupos já lançaram ataques durante as comemorações."

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